Cinema, Imigração e Memória
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Cinema, Imigração e Memória

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Cinema, Imigração e Memória

O filme “Tempos de Paz” (2009) de Daniel Filho é uma homenagem aos imigrantes que vieram a incrementar a vida artística e cultural do Brasil. Ambientado no final da Segunda Guerra Mundial, na ditadura de Getúlio Vargas, o Brasil começa a receber refugiados europeus a procura de um novo começo e novas histórias. O filme começa com imagens de arquivos de uma Europa destruída e dos campos de Concentração e no final o diretor realiza uma homenagem emocionante aos dramaturgos, atores e tantos outros anônimos que acrescentaram sangue e paixão a cultura brasileira tão importante e castigada em períodos de crise, mais que sempre renasce e como diz o poeta Ferreira Gullar “A Arte existe porque a vida não basta”.

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O Diretor Vicente Amorim realizou o filme “Corações Sujos” (2012) sobre a colônia japonesa concentrada no interior de São Paulo, isolada das autoridades brasileiras e preservando a adoração ao Imperador Japonês Hirohito. Após a rendição aos aliados, os colonos não acreditavam no fim da Guerra e muito menos na derrota do Japão. Chamavam os traidores de “Corações Sujos” e perseguiam e puniam todo aquele que negasse a vitória do Japão. Baseado no livro de Fernando de Moraes mostra uma realidade desconhecida pelos brasileiros e muitas vezes pelos descendentes japoneses.

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Outro filme sobre estrangeiros e política é o filme “Olga” (2004) de Jaime Monjardim, baseado também no livro do jornalista Fernando de Moraes. Olga Benário, alemã, judia e comunista ingressou clandestinamente ao Brasil como guarda-costas do líder da Intentona Comunista de 1935, o capitão Luiz Carlos Prestes, jovem oficial do exército brasileiro, chamado de “O Cavalheiro da Esperança” e líder da Coluna Prestes, um movimento político de jovens soldados nacionalistas que queriam transformar e modernizar o Brasil que recorreram mais de 5 mil quilômetros conhecendo e ameaçando a velha estrutura política de um Brasil arcaico em 1924. Olga depois de presa junto a Prestes no Rio de Janeiro e enviada pela polícia política de Vargas para Alemanha Nazista, grávida da filha de Prestes e após o nascimento de Anita, Olga é enviada para morrer nos campos de concentração.

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A Memória da Imigração e a política analisada nestes filmes podem ser vivenciados nos museus de São Paulo. O Museu da Imigração localizado no Metro Bresser-Mooca, um casarão que recebia os imigrantes do mundo, que vinham à procura de novas expectativas com a esperança de uma vida melhor no Brasil. O Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto, localizado no Bom Retiro é um ponto cultural interessante e desconhecido pelos paulistanos. A região da Luz é um bairro cultural onde podemos encontrar o Museu da Língua Portuguesa e a Pinacoteca de São Paulo, mais também é lugar do Memorial da Resistência, antigo prédio do DEOPS-SP, onde preserva os registros da polícia política entre 1940 e 1983.

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Um lugar de memória para que nunca esqueçamos a importância da democracia, da Cultura e da liberdade no Brasil.

 

Por Francisco Lillo

 


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